No âmbito da revisão do financiamento em saúde, nas áreas da anatomia patológica e análises clínicas, a Presidente do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM (IASAÚDE, IP-RAM), Rubina Silva, acompanhada do Vogal deste Instituto, Ruben Nunes, visitaram, nesta terça-feira, as instalações do laboratório LANA - Laboratório de Análises Clínicas, situado no Funchal.
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Na ocasião, Rubina Silva referiu as alterações previstas com esta revisão, nomeadamente, novos atos, atualização de valores, bem como novas regras para os acordos, destacando a colaboração contínua entre o Governo Regional e as entidades prestadoras de cuidados de saúde. “A proximidade com os prestadores de cuidados e a compreensão das suas necessidades são essenciais para garantir a qualidade dos serviços de saúde que oferecemos à população”.
Os dirigentes do IASAÚDE, IP-RAM foram recebidos pela fundadora e proprietária D. Maria de Lourdes Henriques de Gouveia, acompanhada dos seus filhos Prof.ª Doutora Rosa Gouveia e do Dr. Luís Gouveia, que têm demonstrado um compromisso contínuo na prestação de cuidados de saúde à população madeirense na área da anatomia patológica e análises clínicas, fundamentais no diagnóstico precoce e no acompanhamento de diversas patologias, perpetuando, desde 2021, o legado deixado pelo fundador e pai Dr.º Francisco José Serra Henriques de Gouveia.
O Laboratório LANA foi fundado em 1970, tendo sido um dos primeiros dos laboratórios na RAM. O seu percurso, ao longo de mais de cinco décadas, é o retrato da evolução dos cuidados de saúde na Região.
50 anos de dedicação: a história da “Menina da Carrinha Branca”
Cinco décadas de dedicação pela vida, pela saúde e pelo bem-estar das pessoas. A D. Maria de Lourdes Henriques de Gouveia continuou a semear o legado deixado pelo marido com esforço e humanidade, ajudando todos os que cruzaram o seu caminho.
Com leveza no olhar e a voz carregada de emoção, D. Maria de Lourdes recordou os primeiros anos da sua jornada, quando a Região ainda nem estradas de alcatrão tinha. “Lá ia eu com a carrinha Peugeot branca, velha, movida a gasóleo”. Começava os seus dias bem cedo e percorria os concelhos da Região para garantir que os utentes, distantes da cidade, pudessem fazer as suas análises. Não era apenas sobre medicina… era sobre o profundo compromisso com a vida das pessoas.
“Eu vivi coisas maravilhosas”, conta. “Aqueles doentes… a alegria que tinham… ficavam à espera daquele dia, às vezes só para conversar um bocadito”, recorda a "Menina da Carrinha Branca".
A sua história, é a história de quem nunca descansou. Hoje, meio século depois, D. Maria de Lourdes Henriques de Gouveia olha para trás e vê uma vida inteira dedicada ao bem-estar do outro.