Nelson Carvalho, diretor da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD), foi ontem ao Porto Santo tranquilizar as instituições e a população em geral sobre a produção de canábis que a empresa Biocann se prepara para fazer.

Nas duas conferências em que ontem participou – uma para entidades locais como “polícias”, “escolas” e “vereador da oposição” e, logo depois, outra para a população em geral - Nelson Carvalho fez a distinção entre a “utilização medicinal” e a “utilização recreativa da canábis”, sublinhando que o que está a ser preparado no Porto Santo é para a “utilização medicinal”, pelo que a polémica gerada “é um não problema”.

A plantação que deverá nascer em 2021 num terreno com uma área de 5.400 metros quadrados, na zona do Farrobo, teve a anuência da Câmara Municipal do Porto Santo a 21 de outubro, e desde então que tem gerado controvérsia, envolvendo inclusive um ‘referendo’ escolar entre a população estudantil do secundário que culminou com a vitória do “sim” ao negócio.

Ontem, o diretor da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências disse que os porto-santenses “podem ficar descansados”, pois o controlo da atividade será “apertado”.

A canábis produzida na ilha “é para fazer matéria-prima para exportar para a indústria farmacêutica e, portanto, não há qualquer problema”, assegurou, lamentando “a desinformação que se está a criar” e considerando que é “falso” que a canábis seja para depois os porto-santenses a consumirem.

Para o diretor da UCAD, a Biocann “é mais uma empresa que aparece e mais uma oferta de trabalho para os porto-santenses que não põe em risco a saúde ou segurança das pessoas”

 

In “JM-Madeira”