O controlo nas chegadas aos aeroportos e as medidas de proteção individual são essenciais para a retoma gradual da economia, avisou Pedro Ramos, lembrando que a Região ainda não é “covid free”.

O secretário regional da Saúde e Proteção Civil apelou ontem à consciência da população, relativamente ao cumprimento das medidas individuais de proteção, admitindo que “há gente que teima em não aplicar as medidas e teima em afrouxar”.

Perante esta realidade, Pedro Ramos apelou às pessoas para que façam uma reflexão sobre os últimos três meses, lembrando todas as medidas restritivas por que passaram e pelos impactos que essas medidas tiveram na vida  económica e social da Região. “Não queremos, não podemos, nem vamos voltar ao mesmo estado”, disse o governante na videoconferência semanal sobre a situação da pandemia.

O uso da máscara, o distanciamento social, a utilização de equipamentos de proteção sempre que for necessário, a higiene pessoal, nomeadamente a lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, a higiene ambiental como a limpeza e a desinfeção das superfícies, a auto monitorização dos sintomas e a abstenção ao local de trabalho caso surgem sintomas suscetíveis de ser covid-19 são "para continuarem a ser respeitados", afirmou.

Falando sobre a abertura dos aeroportos, a partir de 1 de julho, o secretário sublinhou que este não é o momento para abrandar e que a estratégia de testar à chegada aos aeroportos da Madeira e do Porto Santo é aquela que permite “manter em segurança toda a saúde pública na Região Autónoma da Madeira".

Acerca da estrutura de controlo que está a ser instalada no aeroporto da Madeira (ver página 11), adiantou que terá três vias (verde, amarela e vermelha) para agilizar o processo e capacidade para recolher 500  amostras em menos de uma hora.

Um simulacro com 50 figurantes vai testar este sistema de controlo, na próxima semana. Segundo Pedro Ramos, desde que a atual fase de desconfinamento começou, 473 passageiros chegaram à Região com teste negativo e 283 foram para os hotéis. A Região tem dois casos, o mais recente detetado esta semana, conforme foi noticiado. Acerca deste doente, residente em Santa Cruz, e que viajou de Lisboa, Bruna Gouveia adiantou que já foram identificados 16 contactos no âmbito da investigação epidemiológica, que envolve também os outros passageiros que fizeram o mesmo voo. O uso da proteção individual é um dos aspetos que conta na avaliação, sendo que neste caso “todas as pessoas identificadas”, bem como o doente, respeitaram as medidas.

Por Iolanda Chaves