A operação de transferência de todos os passageiros que chegaram ontem à RAM, via aeroporto, esteve a cargo da Polícia de Segurança Pública (PSP), que disponibilizou vários agentes e viaturas para o local para que fossem cumpridas as determinações do Governo Regional.

 

Um contingente que deve ter ultrapassado as duas dezenas de agentes, entre os que fiscalizaram a operação no exterior e os que estavam dentro da gare do aeroporto.

 

Houve, ainda, equipas especializadas para o patrulhamento durante a viagem que se fez entre as instalações aeroportuárias e a Quinta do Lorde, no Caniçal.

 

Desde muito cedo, duas viaturas da Brigada de Intervenção Rápida (BIR) e seis patrulhas da PSP, incluindo duas referentes à Equipa de Intervenção Rápida (EIR), controlavam todos os passos dados pelos passageiros em território regional.

 

Os primeiros 18 passageiros, a maioria madeirenses, foram logo identificados e depois passaram por uma avaliação de sinais e sintomas ainda no interior do aeroporto, sendo depois encaminhados para o interior de um autocarro de turismo que os aguardava no exterior da gare das chegadas, fortemente vigiado por outros agentes.

 

Em fila e cumprindo com o distanciamento obrigatório, os passageiros eram depois encaminhados por agentes da PSP, todos sem qualquer tipo de proteção, mas a cumprirem com a distância física exigida. O trajeto era pequeno e era da gare de chegadas até ao autocarro de turismo de passageiros. A viatura partia depois em direção à Quinta do Lorde, onde as pessoas vão cumprir com a quarentena profilática obrigatória de 14 dias, fortemente vigiadas pelas autoridades policiais e pelas autoridades de saúde da RAM.

 

O trajeto entre o Aeroporto Internacional da Madeira-Cristiano 6 VIATURAS. Duas carrinhas da BIR e quatro patrulhas destacadas só para o aeroporto. Ronaldo e a Quinta do Lorde, no Caniçal, era patrulhado pela BIR e por uma viatura da EIR da PSP. Já no Caniçal, a polícia acabou por vedar o acesso à zona do hotel, sendo os automobilistas obrigados a seguir outro caminho.

 

Também os jornalistas foram impedidos de passar, mesmo informando que estavam em reportagem. O processo repetiu-se pela segunda vez, numa operação que chegou a demorar pelo menos duas horas para cada viagem.

 

Hoje, durante a manhã, repete-se o processo, e assim será enquanto se mantiver o estado de emergência. Comandante no aeroporto

 

Para que nada faltasse e não falhasse, o superintendente Luís Simões, comandante da PSP na Madeira, esteve largas horas no aeroporto. Pouco depois da saída do primeiro autocarro, com os primeiros passageiros a cumprirem a quarentena obrigatória na Quinta do Lorde, o responsável pela autoridade na Região chegou à zona de chegadas do aeroporto, cumprimentou os agentes e ainda esteve à conversa com o comissário de comando operacional no local.

 

Depois, entrou para o interior e lá se manteve durante muito tempo. Fonte do aeroporto garantiu ao JM que o comandante esteve à conversa com muitos passageiros, de forma a sensibilizar para esta ação, que é para bem dos próprios e de todos os outros.

 

Tal como referiu o JM na sua edição online, a PSP está a patrulhar o aeroporto e está a levar as determinações do Governo Regional à risca. Na noite de domingo, por exemplo, a PSP teve de intervir perante uns passageiros que estavam a chegar de Lisboa e não se queriam identificar, querendo esses furar as determinações das autoridades de saúde.

 

No fim, tudo acabou bem, sendo possível que a PSP cumprisse com a sua missão, que visa essencialmente a salvaguarda do bem mais essencial da humanidade: a vida!

 

Por Por Paulo Graça

In "JM-Madeira"