Autoridade de Saúde recomenda que passageiros informem serviços em caso de sintomas de vírus

 

O rastreio ao coronavírus não deverá ser realizado nos aeroportos da Madeira. A indicação foi dada esta manhã, pelo presidente do IASAÚDE, explicando que “não está provado cientificamente que o rastreio à chegada seja efetivo”. As últimas informações dão conta de que medidas básicas de higiene serão suficientes para evitar contágio.

 

Segundo Herberto Jesus, de acordo com as regras da Comissão Europeia e da Direção Geral de Saúde, não é efetivo fazer rastreio à entrada. “O que é adequado é que se a pessoa tiver sintomas e vier de Wuhan (China), deve informar os serviços à chegada”, afirmou.

 

Herberto Jesus referiu ainda que, os casos até hoje documentados, não indicam contágio nos aviões. No entanto, ressalva que estes são dados apurados até agora, que podem sofrer alterações conforme o avanço das investigações.

 

Por outro lado, lembrou que o aeroporto de Wuhan encerrou a 23 de janeiro e tendo em conta que o período de incubação é de 14 dias, até meados de fevereiro deverá registar-se o maior fluxo, que agora é limitado com o encerramento desse aeroporto. Apesar de ser uma notícia “tranquilizante”, o presidente do IASAÚDE ressalva que “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”, pelo que há uma contínua articulação entre os diversos organismos de saúde do país e internacionais, a fim de uma maior e eficaz partilha de informações sobre o coronavírus.

 

Taxa de transmissão é baixa

 

Questionado sobre as medidas preventivas, Herberto Jesus recordou que os cuidados de higiene básicos são fundamentais para evitar a transmissão do vírus. Lavar as mãos regularmente com água e sabão, e proteger as vias respiratórias aquando de espirro ou tosse deverão ser suficientes. “O que se pensa hoje é que: medidas de proteção individual básicas são suficientes para evitar o contágio”.

 

Este é um vírus com uma baixa taxa de transmissão e de mortalidade, sendo que os casos de mortes registados estão associados a pessoas de idade avançada e com diversos outros problemas de saúde associados.

 

O presidente do IASAÚDE falou aos jornalistas no final de uma reunião, esta manhã, que juntou o IASAÚDE e o SESARAM, para traçar planos para um eventual surto de coronavírus.

 

In “Diário de Notícias”