No último ano, os serviços efetuados pelos bombeiros e Cruz Vermelha registaram uma redução comparativamente ao ano anterior, enquanto o acionamento por parte da equipa médica aumentou significativamente.

O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) coordenou mais de 33 mil serviços pré-hospitalares ao longo do ano de 2019.

São praticamente 100 serviços diários feitos pelas ambulâncias de emergência das corporações de bombeiros da RAM e da Cruz Vermelha Portuguesa. Relativa- mente aos anos anteriores, trata-se de uma diminuição muito exígua, talvez motivada pela entrada em serviço no Comando Regional de Operações de Socorro (CROS) do Sistema de Triagem e Aconselhamento Telefónico (STAT), que aconteceu no mês de fevereiro de 2019.

Recorde-se que Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e de Proteção Civil, acrescentava, na altura, que o objetivo era reduzir as falsas urgências, criando uma triagem mais assertiva para a emergência pré-hospitalar. Desiderato que acaba por se confirmar atendendo às estatísticas, pois, na verdade, a diminuição de falsas emergências é um facto. No entanto, este número só diz respeito aos serviços de emergência pré-hospitalar realizados, ficando de fora os falsos alarmes e os serviços pagos e feitos a instituições públicas ou privados.

Ao nível dos concelhos, naturalmente o Funchal absorveu praticamente metade de todos os serviços realizados na RAM ao nível da emergência pré-hospitalar. Segundo os números oficiais do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), através do Comando Regional e Operações de Socorro (CROS), foram realizados

13.581 serviços de emergência na RAM. Seguem-se Câmara de Lobos (4.427), Santa Cruz (3.503), Machico (3.131), Ribeira Brava (2.485), Calheta (2.311), Santana (1.323), São Vicente (1.162), Porto Santo (896), Ponta de Sol (731) e Porto Moniz (339).

Os números do Funchal são superiores a todos os alcançados pelos restantes dez municípios, e ainda maiores do que os somados por Calheta, Porto Moniz, Porto Santo, Ponta de Sol, São Vicente, Machico, Santa Cruz e Santana juntos.

Em relação aos últimos cinco anos, o ano de 2018 mantém-se como o que maior número de emergências pré-hospitalares registou na RAM, enquanto o ano de 2016 (onde aconteceram as tragédias dos incêndios) é o que alcançou menor número de emergências pré-hospitalares.

Em sentido contrário, estão as operações desenvolvidas pela equipa da EMIR no teatro de operações. Relativamente ao ano de 2018, o ano passado registou um aumento de serviços efetuados pela equipa do Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER), que foi acionada 993 vezes.

Desde a sua criação, o maior número de intervenções aconteceu em 2016, ainda o ano com mais saídas efetuadas pela equipa de médicos e enfermeiros do SEMER nos últimos cinco anos. Já de um ano para outro, são quase 200 serviços médicos pré-hospitalares a mais.

Além desde serviço efetuado pelos dois profissionais de saúde, um médico e um enfermeiro, apoiados pela viatura altamente preparada com Suporte Avançado de Vida, a EMIR ainda foi acompanhando vários serviços via informação rádio através do CROS, em ligações diretas com as equipas pré-hospitalares no exterior do hospital. Além deles, esse papel também cabe aos enfermeiros de serviço no STAT da Proteção Civil, a quem cabe decidir se o pedido efetuado pela população, através do 112, justifica ou não, o envio de uma ambulância de emergência médica ou o agendamento de outra solução.

Emergência pré-hospitalar

2015 - 33.808

2016 33.496  

2017 33.660

2018 34.440

2019 33.889

 

O Comando Regional de Operações de Socorro (CROS)

Poucos conhecem ou sabem do que se trata o CROS. Trata se de uma célula altamente profissionalizada e formada em todo o tipo de emergência que aconteça na Região. É no CROS que se coordena e ordena todo o tipo de socorro a disponibilizar à população, seja ela que tipo for incluindo as grandes catástrofes.

Porém, para esta célula acionar todo o dispositivo de resposta a uma emergência, há uma chamada que deve chegar via 112 e depois da triagem feita na Polícia de Segurança Pública (PSP), a autoridade a quem cabe realizar as triagens na RAM de todas as chamadas 112. A partir daí desenvolve-se todo o processo de socorro. Transpondo para a realidade continental, é como o CODU da Madeira.

Emergência médica pré-hospitalar

2015 - 847

2016 - 1.473

2017 - 869

2018 - 807

2019 – 993

 

In “JM-Madeira”