Na Região são diagnosticados por ano 900 casos de doentes com AVC

 

SESARAM vai inaugurar uma unidade de tratamento de doenças cardiovasculares, que agrega tudo o que há de mais recente na especialidade de Cardiologia.

No próximo mês de abril, o SESERAM vai inaugurar, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, a nova unidade de tratamento de doenças cardiovasculares, que agrega tudo o que há de mais recente na especialidade de Cardiologia, segundo disse o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, que esteve ontem – Dia Nacional do AVC – a acompanhar, no Centro de Saúde da Ribeira Brava, uma sessão de formação dirigida aos profissionais que trabalham em unidades de saúde com serviço de urgência.

 

«O AVC é uma doença que pode ser prevenida e é cada vez mais bem tratada, na Região Autónoma da Madeira. Desde o dia 1 de março temos uma escala apropriada para uma abordagem a um acidente vascular cerebral e acompanhamos o progresso que existe, ao nível nacional, no tratamento desta doença», disse Pedro Ramos, alertando a população madeirense para os fatores de risco, como são a obesidade, o tabagismo, a hipertensão, o sedentarismo, entre outros. Recorde-se que o Serviço Regional de Saúde realizou a primeira trombectomia na Madeira, no dia 3 de março de 2017, no Hospital Dr. Nélio Mendonça. Uma terapêutica de ponta utilizada nos doentes com acidente vascular isquémico (AVC) grave com prognóstico muito reservado. Esta técnica, inovadora no SESARAM, está disponível para todos os doentes com AVC com indicações clínicas para esta intervenção.

 

A resolução da trombose de uma artéria cerebral através da neurorradiologia de intervenção, a trombectomia é a técnica de reperfusão das artérias cerebrais mais recente e mais eficaz existente na atualidade, e é mais uma terapêutica de ponta disponível no SESARAM, para os doentes com AVC no estado grave e muito grave. Na Madeira estima-se que sejam cerca de 80 os doentes, por ano, a necessitar desta intervenção. No geral, são os doentes com AVC que têm uma grande probabilidade de ficar com lesões altamente incapacitantes. A trombectomia tem uma probabilidade alta de reduzir a gravidade das lesões causadas pelo AVC e devolver ao doente a capacidade funcional desejável, contribuindo decididamente para o seu bem-estar social e psíquico. O acidente vascular cerebral continua a ser a primeira causa de morte em Portugal. Na Região são diagnosticados por ano 900 casos de doentes com AVC.

 

Cláudia C. Sousa

 

Fonte: Jornal da Madeira