As transfusões de sangue só são possíveis se houverem colheitas e, consequentemente, dadores. A afirmação é de Bruno Freitas, director do Serviço Imuno-Hemoterapia do Hospital, que esteve, esta tarde, na Escola Secundária Francisco Franco para alertar os jovens para a importância da dávida de sangue.

 

 

Tendo em conta que, todos os anos, milhares de pessoas necessitam de receber transfusão de componentes sanguíneos, frisou o facto de este acto poder salvar vidas. Bruno Freitas referiu que, apesar de ser fulcral consciencializar a população em geral para esta temática, é importante ter mais jovens a doar sangue.

 

“Temos um lote excelente de dadores de sangue, mas é necessário renová-los por variadas circunstâncias. Uma das formas de rejuvenescer a população de dadores é, de facto, fazer estas acções de educação na comunidade”, disse.

 

O director do Serviço Imuno-Hemoterapia do Hospital revelou que é difícil obter o número de dadores existentes em Portugal, porque podem ocorrer alterações devido ao facto destes estarem a mudar constantemente, uma vez que um dador pode deixar de o ser por diversas razões.

 

“O que nós fazemos habitualmente é ao fim de cada ano dizemos que, durante aquele ano, tivemos 3 mil dadores que corresponderam a 5.600 colheitas, por exemplo”, justificou, acrescentando que, a nível nacional, as colheitas de sangue “andam sempre entre as 370 e as 400 mil unidades por ano”.

 

Bruno Freitas aproveitou a ocasião para relembrar que um dador deve ter como requisitos básicos: ser jovem com mais de 18 anos e menos de 65 anos, ter um peso superior a 50 quilos e ser saudável. Isto numa conferência subordinada ao tema ‘Dádiva de Sangue - Um Estilo de Vida Saudável’, organizada pelo Banco de Afectos, o projecto LIS (Laboratório de Intervenção Social e o projecto GPS (Gerar Percursos de Sucesso).

 

Fonte: Diário de Notícias