O pico da gripe na Madeira ainda não chegou mas a semana do Natal foi bastante complicada nas urgências do hospital dr. Nélio Mendonça, assim como nas urgências dos centros de saúde.

O pico da gripe na Madeira ainda não chegou mas a semana do Natal foi bastante complicada nas urgências do hospital dr. Nélio Mendonça, assim como nas urgências dos centros de saúde. Isto mesmo pudemos confirmar ontem, numa ronda que efetuámos por alguns estabelecimentos de saúde. Segundo fonte do SESARAM (Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira), o período mais complicado nas urgências do hospital foi aquele da semana da quadra festiva. Embora sem números concretos, ficámos a saber que houve períodos de alguma espera no atendimento, com os idosos e as crianças a tomarem conta do maior número de casos. Prevê-se que a atividade gripal esteja no seu pico durante a próxima semana, conforme nos adiantou ainda fonte hospitalar.

 

O JM ouviu também dois médicos que trabalham em centros de saúde com urgências, que nos adiantaram que a maior afluência teve início em novembro e, desde então, nunca mais parou de crescer. Na última quinzena de dezembro, chegaram a ser atendidos entre 130 a 150 doentes numa unidade de saúde, número esse considerado «bastante significativo».

 

Ainda segundo nos foi referido, muitos dos doentes recorreram, mais do que uma vez, aos serviços de saúde por causa da mesma gripe. «Quando, ao fim de uns dias, não vêem melhoras, voltam cá. Esta gripe está a ser forte para muitos», disse ao JM fonte de um centro de saúde com urgência. Os idosos e os asmáticos são os mais afetados, como é habitual.

 

O SESARAM admite que, no decorrer da próxima semana, poderá tomar medidas especiais no sentido de responder ao pico da gripe, evitando alguns constrangimentos, como os que estão a acontecer ao nível nacional. Há centros de saúde onde o período de espera para ser atendido está a atingir as 12 horas, conforme noticiou ontem o DN. Já há unidades, na região de Lisboa, que ativaram o plano de contingência e não estão a aceitar doentes encaminhados pelo INEM. Esta gestão dos casos mais sérios é feita de forma automática pelo CODU – Centro de Coordenação de Doentes Urgentes - e coordenada pela ARS Lisboa e Vale do Tejo. Só em dezembro há registo de mais de 197 mil episódios de urgência

 

Na população com 65 e mais anos

 

Cobertura vacinal acima dos 50%

 

Na Madeira, e até ao dia de ontem, foram administradas 31.256 vacinas, sendo que destas 78% foram recebidas nos centros de saúde. A cobertura vacinal à população com 65 e mais anos, na semana 1 de 2017, era de 50,3 %, ou seja, 1,4% superior à verificada em período homólogo na época gripal anterior (48,9%).

 

Na semana 51/2016, e segundo dados do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE), esta taxa de cobertura atingiu 50%. Nesta população, e desde o início da campanha 2016/2017, já foram administradas 20.061 doses de vacinas (gratuitas e compradas).

 

SEMPRE A AUMENTAR

 

A taxa de cobertura tem vindo sempre a crescer neste grupo etário, ano após ano, conforme assegura aquele instituto sob a alçada da Secretaria Regional da Saúde.

 

 Ainda no que se refere aos dados que são divulgados balanço semanal e que é publicado pelo IASAÚDE no seu site, refira-se que 11,3% das vacinas foram administradas ao domicílio.

 

O número de reclusos que tomaram a vacina é de 19.

 

Por género, refira-se que a vacina da gripe já foi administrada em 19.694 mulheres e em menos de 12 mil em homens. Por outro lado, foram vacinadas mais de três mil pessoas com doenças do foro respiratório, o que corresponde a uma taxa de cobertura de 57,5%.

 

A taxa de cobertura vacinal nas grávidas anda nos 22 %, sendo que nos diabéticos aponta para os cerca de 16,1%. Dos doentes de risco, é de sublinhar a adesão dos que têm doenças neuromusculares (mais de 200foram vacinados).

 

De realçar também que a campanha de vacinação prossegue e estende-se até à semana 20 de2017.

 

No seu site, o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais deixa também alguns conselhos para que as pessoas possam evitar a gripe ou evitara sua propagação caso sejam contagiados

 

Carla Ribeiro

Fonte: Jornal da Madeira