Os hospitais já começaram a receber os primeiros casos de gripe e entre os vírus identificados está o do tipo A (H3N2). A DGS destaca a importância da vacinação com forma de prevenir o problema.

 

A Direção-Geral de Saúde (DGS) alerta que os casos de gripe deste ano podem vir a ser mais graves do que os registados no ano passado. O vírus A (H3N2), associado a um maior número de óbitos, está entre os vírus identificados nos primeiros casos que deram entrada no hospital e ameaça tornar-se predominante este inverno.

 “A gripe pode ser grave este ano”, avisa a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em declarações ao Diário de Notícias. Os hospitais já começaram a receber os primeiros doentes com sintomas de gripe e entre os vírus detetados estão o vírus da gripe do subtipo A (H3) e do tipo A (não subtipado), o que tem alarmado a comunidade médica.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o vírus do tipo A (H3N2), que o ano passado levantou o pânico depois de as estripes que circulavam não constarem na vacina usada em Portugal, poderá tornar-se preponderante este inverno.

Em termos históricos, os anos em que este vírus proliferou foram aqueles em que se verificou um maior número de mortes. Em 2009, durante o surto da gripe A, foram registados em Portugal quase 170 mil casos e mais de 120 mortes.

A DGS apela, por isso, à vacinação. “Faça chuva ou faça sol, vacine-se. A gripe pode ser grave”, aconselha a DGS, assegurando que o vírus A (H3N2) é um dos três vírus que estão contemplados na vacina que está a ser administrada este ano.

Os picos da atividade gripal ocorrem sobretudo entre dezembro e fevereiro, pelo que a vacinação deve ser feita, preferencialmente, durante os meses de outubro e novembro. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) destaca a importância redobrada da administração da vacina a pacientes com 65 anos ou mais, bem como pessoas grávidas e com doenças crónicas. Desde que começou a campanha de vacinação, no início de outubro, o SNS já distribuiu 1,2 milhões de doses.

 

Fonte: Económico