Serviço de apoio a doentes terminais ao domicílio é opção «mais digna e humana»

Uma maior aposta no apoio domiciliário na área dos cuidados paliativos permitirá reduzir os internamentos no hospital.

 

O secretário regional da Saúde pretende «alargar» o apoio domiciliário na área dos cuidados paliativos, uma opção «mais digna e humana» quer para o doente em situação terminal, quer para a família, sublinhando que melhorar o acesso a este serviço de saúde é uma «prioridade» para o Governo Regional.

«Queremos alargar o apoio domiciliário que já é prestado nesta área e obter resultados muito mais positivos junto dos doentes, evitando o internamento pré-hospitalar em benefício de uma maior integração familiar e social», disse ontem José Faria Nunes, durante a sessão de abertura do I Simpósio de Cuidados Paliativos, no Colégio dos Jesuítas.

De acordo com o governante, quanto mais os doentes puderem estar num ambiente que conheçam, melhor, sendo que a Unidade de Cuidados Paliativos deve estar unicamente «reservada para situações mais complexas», lembrou.

Quando aplicados precocemente, estes serviços de apoio aos doentes terminais trazem benefícios para os próprios e para as famílias, «diminuindo a carga sintomática dos pacientes se a sobrecarga dos familiares», explicou a presidente da comissão organizadora do simpósio.

Para além disso, está comprovado que os cuidados paliativos «diminuem os tempos de internamento hospitalar, os reinternamentos, a futilidade terapêutica, o recurso a um serviço de emergência e aos cuidados intensivos», diminuindo, consequentemente, os custos em saúde.

A Organização Mundial de Saúde, aliás, estima que, anualmente, «mais de 40 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos em todo mundo», citou, a propósito, Otília Freitas.

Tânia R. Nascimento

 

Fonte: Jornal da Madeira