Histórico
Diversos achados arqueológicos permitem afirmar que a utilização da folha de coca é ancestral.
Trata-se de um pó cristalino, branco, cintilante, de sabor amargo.
Habitualmente é consumido por via nasal, mas também pode ser absorvido por outras mucosas, por exemplo, esfregando as gengivas.
Alguns consumidores injetam este pó, puro ou misturado em geral com heroína, o que produz frequentes problemas de úlceras, devido à rápida destruição dos tecidos cutâneos.
O cloridrato de cocaína adquire altas concentrações no plasma, de forma bastante rápida, sobretudo se a via de administração for intravenosa.
O metabolismo é fundamentalmente hepático mas deve ter-se em conta que a velocidade com que a substância é absorvida é muito mais rápida do que a sua destruição, facto que leva o organismo a sofrer efeitos tóxicos com relativa facilidade.
Efeitos Psicoativos
Efeitos imediatos
Doses moderadas de cocaína produzem:
- Ausência de fadiga, sono e fome; Exaltação do estado de ânimo;
- Maior segurança em si mesmo;
- Prepotência: diminui as inibições e o indivíduo vê-se como uma pessoa sumamente competente e capaz;
- Aceleração do ritmo cardíaco e aumento da tensão arterial;
- Aumento da temperatura corporal e da sudação;
- Sensação geral de euforia e intenso bem-estar;
- Anestésico local.
- Insónia, agitação;
- Ansiedade intensa e agressividade;
- Ilusões e alucinações (as típicas são as tácteis, como a sensação de ter insetos debaixo da pele);
- Tremores, convulsões.
- Irritabilidade;
- Crises de ansiedade e pânico;
- Diminuição da memória;
- Diminuição da capacidade e da concentração;
- Apatia sexual ou impotência;
- Transtornos alimentares (bulimia e anorexia nervosa);
- Alterações neurológicas (cefaleias ou acidentes vasculares como o enfarte cerebral);
- Cardiopatias (arritmias);
- Problemas respiratórios (dispneia ou dificuldade para respirar, perfuração do tabique nasal,...);
- Importantes consequências sobre o feto durante a gravidez (aumento da mortalidade perinatal, aborto e alterações nervosas no recém-nascido).
- Fazemos uma referência especial para a chamada "psicose da cocaína", com características similares à psicose esquizofrénica com predomínio das alucinações auditivas e das ideias delirantes de tipo persecutório.