A intervenção preventiva pretende fornecer aos indivíduos e/ou a grupos específicos informação e competências necessárias para lidarem com o risco associado ao consumo de substâncias psicoativas e outros comportamentos de risco. A prevenção e a promoção da saúde mental devem contemplar a avaliação dos fatores protetores/indicadores positivos para além dos fatores de risco e indicadores de doença mental, sendo as estratégias preventivas destinadas à população geral, a subgrupos e a indivíduos, com aplicação nos domínios individual e grupal desenvolvidas em diferentes contextos (Keyes, 2006; O'Connell et all, 2009; WHO, 2004;).
Os modelos compreensivos e de influência social indicam que existem fatores de risco e de proteção que influenciam as atitudes e os comportamentos dos sujeitos em relação ao consumo de substâncias psicoativas. Estes fatores, de natureza biológica, psicológica e social, são internos ou externos aos indivíduos e atravessam os vários domínios da sua vida (Jessor, Turbin & Costa, 1998; Iglesias, 2002; Substance Abuse and Mental Health Services Administration [SAMHSA], 2002).
O enfoque atual ao nível da concetualização e desenho da intervenção preventiva, baseado nos modelos compreensivos e de influência social referidos, centrado na avaliação da vulnerabilidade e do risco de ocorrência de uma doença, é operacionalizado em três níveis de intervenção2 (IOM, 1994, 2009):
- Prevenção Universal, dirigida à população geral sem prévia análise do grau de risco individual. Toda a população é considerada como tendo o mesmo nível de risco em relação ao abuso de substâncias e como podendo beneficiar dos programas de prevenção. Os programas de prevenção universal variam no tipo, estrutura e duração. Os seus componentes contemplam a informação e o desenvolvimento de competências.
- Prevenção Seletiva, dirigida a subgrupos ou segmentos da população geral com características específicas identificadas como de risco para o consumo de substâncias psicoativas. O risco é avaliado em função dos fatores que o grupo apresenta em relação ao abuso de substâncias, não sendo avaliado o grau de risco individual. Os programas de prevenção seletiva são de média ou longa duração, variam no tipo e estrutura e os componentes contemplam a informação e o desenvolvimento de competências.
- Prevenção Indicada, dirigida a indivíduos com comportamentos de risco, que exibem sinais de uso de substâncias psicoativas ou que apresentam outros comportamentos de risco ou problemáticos de dimensão subclínica. É avaliado o nível de risco individual. Os programas de prevenção indicada são de longa duração, variam no tipo e estrutura e os componentes contemplam tal como nos níveis anteriores a informação e o desenvolvimento de competências (IOM, 1994; 2009).
Paralelamente a esta concetualização, no âmbito da intervenção preventiva tem vindo a ser desenvolvida uma outra abordagem, denominada Prevenção Ambiental, cujo enfoque se dirige às normas sociais, ou seja, na definição de estratégias globais que intervêm ao nível da sociedade e dos sistemas sociais.
Estas estratégias visam a alteração dos ambientes culturais, sociais, físicos e económicos que influenciam as escolhas individuais do uso de SPA e outros comportamentos aditivos. Neste âmbito, inserem-se, por exemplo, medidas legislativas nacionais relativas ao uso de SPA lícitas e ilícitas que se traduzem, entre outros, na definição de limites etários mínimos para a venda de SPA lícitas, a taxação fiscal dos produtos, a exposição a mensagens publicitárias, ou ainda, medidas normativas criadas em contextos específicos, como o meio escolar, que regulamentam o uso de álcool e de tabaco para todos seus elementos e definem procedimentos a utilizar para a sinalização e intervenção no uso de SPA nesses contextos (EMCDDA, 2011).
Fonte:
Vilar G., Pissarra P., Frango P., Melo R. (2013) Linhas Gerais de Orientação à Intervenção Preventiva nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. SICAD
Segundo Gordon (1987), dirigida à população em geral. Tem como objetivo prevenir ou retardar o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas. Todas as pessoas da população partilham o mesmo risco geral em relação ao abuso de substâncias, apesar do nível do risco variar entre os indivíduos.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a indivíduos com comportamentos de risco que apresentam problemas familiares, escolares e de relacionamento ao nível do grupo de pares, ou seja considerados de grupo de alto risco. O objetivo dos programas de prevenção indicada é a redução dos primeiros consumos, da duração e dos comportamentos de risco e o atraso no início do abuso e da intensidade do consumo de substâncias.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a subgrupos da população geral que estão em risco de consumirem substâncias, independentemente do risco individual – por exemplo: filhos de pais alcoólicos, indivíduos em situação de abandono escolar ou com insucesso escolar.
Segundo Clayton (1992), “um atributo ou caraterística individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de uso/abuso de drogas”.
Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei.
São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei, como exemplo temos as bebidas alcoólicas e o tabaco. Apesar da sua legalidade, a quantidade, a frequência e a quantidade do seu uso podem causar danos na saúde do indivíduo.
Planta da qual é extraída a nicotina, principal substância do tabaco. Possui alto poder aditivo, prejudica a digestão, causa taquicardia, da pressão arterial e da frequência respiratória e provoca tremores, insónia, náusea, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, fraqueza, dor no peito e sérios danos ao sistema respiratório, pode ocasionar doenças como pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda várias substâncias que podem causar cancro em diversas partes do corpo, como boca, esófago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga. O fumo do cigarro pode contribuir para o surgimento de cancro e doenças respiratórias até mesmo em pessoas que não fumam, mas convivem com fumadores. A maioria dos fumadores começa a fumar durante a adolescência. Além da nicotina, o cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas, como o alcatrão e o monóxido de carbono.
Substância psicoativa.
Como saber se determinado jovem/adulto consome substâncias psicoativas?
Os sinais de alerta para o consumo de substâncias psicoativas são muito variados. Face a estes sinais é, no entanto, importante não se precipitar em concluir que o jovem ou adulto consome, porque também podem ser indícios de que algo não está bem.
Sinais de alerta – Físicos
Sinais de alerta – Emocionais e comportamentais
Segundo Gordon (1987), dirigida à população em geral. Tem como objetivo prevenir ou retardar o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas. Todas as pessoas da população partilham o mesmo risco geral em relação ao abuso de substâncias, apesar do nível do risco variar entre os indivíduos.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a indivíduos com comportamentos de risco que apresentam problemas familiares, escolares e de relacionamento ao nível do grupo de pares, ou seja considerados de grupo de alto risco. O objetivo dos programas de prevenção indicada é a redução dos primeiros consumos, da duração e dos comportamentos de risco e o atraso no início do abuso e da intensidade do consumo de substâncias.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a subgrupos da população geral que estão em risco de consumirem substâncias, independentemente do risco individual – por exemplo: filhos de pais alcoólicos, indivíduos em situação de abandono escolar ou com insucesso escolar.
Segundo Clayton (1992), “um atributo ou caraterística individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de uso/abuso de drogas”.
Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei.
São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei, como exemplo temos as bebidas alcoólicas e o tabaco. Apesar da sua legalidade, a quantidade, a frequência e a quantidade do seu uso podem causar danos na saúde do indivíduo.
Planta da qual é extraída a nicotina, principal substância do tabaco. Possui alto poder aditivo, prejudica a digestão, causa taquicardia, da pressão arterial e da frequência respiratória e provoca tremores, insónia, náusea, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, fraqueza, dor no peito e sérios danos ao sistema respiratório, pode ocasionar doenças como pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda várias substâncias que podem causar cancro em diversas partes do corpo, como boca, esófago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga. O fumo do cigarro pode contribuir para o surgimento de cancro e doenças respiratórias até mesmo em pessoas que não fumam, mas convivem com fumadores. A maioria dos fumadores começa a fumar durante a adolescência. Além da nicotina, o cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas, como o alcatrão e o monóxido de carbono.
Substância psicoativa.