Dos 'tímidos' 5% aos atuais 50% de alunos que iniciaram o curso de Medicina na Região e que aqui vieram depois a se fixar, passaram-se 15 anos. Resultado das políticas do Governo Regional, exalta Pedro Ramos.

 

Vai decorrendo, entre ontem e hoje, as X Jornadas do Médico Interno, reunindo cerca de 350 jovens médicos de todo o País. As jornadas, na Reitoria da UMa, apresentam um programa científico abrangente, muito pormenorizado e com temas adaptados à realidade do mundo atual. No debate, estão temas considerados de maior relevância, tais como a Patalogia do Sono, Doença Cardiovascular, Envelhecimento Ativo, Medicina da Dor, Fake News e o Mundo dos Vícios.

 

Estas duas, de acordo com Ana Paula Reis, diretora do Internato no SESARAM, alertando para os feitos nefastos do 'dr. Google', nomeadamente no negativismo que daí resulta, na maior parte das vezes sem qualquer razão. E a importância de sensibilizar e chamar a atenção para este fenómeno é tão grande que merece lugar de destaque nestas jornadas.

 

Na sessão de abertura esteve Pedro Ramos, o secretário regional da Saúde, que falando para os jovens, nomeadamente aqueles que compõem a comissão do internato, responsável pela organização, lembrou-lhes o peso deste legado, pois antes deles outros seus colegas já o haviam organizado, numa sucessiva passagem de testemunho que, na mesma proporcionalidade, vai aumentando a qualidade do evento.

 

E porque a mensagem visava precisamente o futuro, Pedro Ramos relevou que ali estava para “dizer aos nossos internos que são o mais importante valor na sua [SESARAM] organização, cujo sucesso “depende das pessoas”.

 

106 'internos' só este ano O futuro, considera, estará salva- guardado, muito por culpa do investimento que vai sendo feito. “Nos últimos anos, demos especial atenção aos internos”, exaltou Pedro Ramos, lembrando que, agora, “o SESARAM todos os anos abre vagas, 7 não só para o internato da formação geral, em que abrimos 40 este ano, como para o internato da formação específica, que abrimos 66 este ano”, isto num universo de mais de 200 internos que ali laboram.

 

Mais-valia foi também “o primeiro passo, dado em 2004”, com a vinda para a Região do mestrado integrado em Medicina. “Foi o primeiro sinal que transmitimos aos alunos, no sentido de que a Madeira precisava destes profissionais de Saúde”, justificou.

 

Ora, ao longo destes 15 anos, “cerca de 40 alunos vieram, todos os anos, frequentar o 1.º e o 2.º ano, o que dá cerca de 600 alunos de Medicina que passaram por aqui, e depois complementam a formação no Santa Maria [Lisboa]”. O otimismo resulta, em muito, da evolução das taxas de 'fidelidade': “se o início, nos primeiros anos, a percentagem daqueles que voltavam, para aqui se fixarem, era de 5%, 10% e 15%, nos últimos anos essa percentagem passou para 50%”, exaltou.

 

E “estamos a caminhar para um projeto mais abrangente, tentando finalizar o ciclo básico do mestrado integrado em medicina” – 3.º ano – sendo que para tal o governante espera que “a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior dê em breve uma resposta, o que significa que a partir de 2020/21 isso será uma realidade”.

 

A jusante, temos “um investimento na Saúde de cerca de dois mil milhões de euros nos últimos quatro anos”, período em que “contratualizámos 1.261 profissionais”, entre as quais “287 médicos contratados”. E sim, assegurou Pedro

 

Ramos, “vamos continuar a apostar na sua formação”, porque “eles [jovens médicos] é que vão fazer a diferença nos próximos 10 /15 anos”.

 

 

 

In “JM-Madeira”