O presidente do Governo Regional reconheceu ontem que vai ser necessário um esforço adicional para que a taxa de cobertura de médicos de família na Região chegue aos 100 por cento.

Miguel Albuquerque falava na cerimónia de abertura de um Congresso de Urologia, o qual teve lugar no hotel Vidamar, no Funchal.

Na ocasião, o chefe do Executivo madeirense falou da evolução do Serviço Regional de Saúde e disse que aquele foi das primeiras conquistas da Autonomia em termos de serviço público e da prestação de cuidados de saúde à população.

Afirmando que o principal desafio é a sustentabilidade financeira, Albuquerque sublinhou que os custos dos sistemas de saúde são cada vez mais elevados e se não houver determinação para alocar recursos aos sistemas próprios de Saúde, vai haver discriminação entre aqueles que podem pagar e aqueles que não o podem fazer.

O governante explicou que há uma cobertura que não existe em nenhuma parte da Europa: temos 47 centros de saúde. Dezasseis deles tiveram obras nesta Legislatura.

Um dos esforço que está a ser feito é na contratação de médicos de família, tendo em vista prevenir a doença e fazer diagnósticos precoces. Albuquerque lembrou ainda que, em 2018,” tivemos a mais baixa taxa de mortalidade infantil de todo o País”. Adiantou que a Madeira está a conseguir desenvolver a estratégia regional de promoção de alimentação saudável. Por outro lado, há a estratégia regional de promoção de saúde oral, que abarca já mais de uma centena de escolas.

No próximo mandato, o chefe do Executivo madeirense quer continuar a reduzir as listas de espera, quer para cirurgias, quer para diagnóstico, o que irá implicar um reforço de verbas. Apontou ainda o custo com os medicamentos, que atingiu nesta Legislatura 143 milhões de euros.

Carla Ribeiro

In “JM-Madeira”