Só em 2019, a EMIR realizou quatro presenças para garantir o socorro diferenciado. Houve ainda tempo para muitas ações de sensibilização.

 

A missão EMIR no Porto Santo foi concluída a 15 de setembro, acabando com resultados dentro do esperado e do projetado pelo Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).

Este ano, a missão acabou por ter, pela primeira vez, quatro fases completamente distintas, todas elas aprovadas em Conselho de Governo, e que visavam, essencialmente, uma melhor prevenção e socorro em épocas altas no Porto Santo. Começou no período de 2 a 5 de março (Carnaval), depois, tal como aconteceu no ano passado, passou por um período de 18 a 21 de abril (Páscoa), de 20 a 24 de junho (São João) e, finalmente, de 7 de julho a 15 de setembro (verão).

 

Os encargos decorrentes da missão EMIR no Porto Santo foram estimados em 150 mil euros.

 

António Brazão, coordenador do Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER) revelou ao JM que foram realizadas “156 ocorrências com a intervenção da EMIR”, somente no período de verão, entre 7 de julho e 15 de setembro. 71% destas intervenções referem-se a alertas do centro de saúde local para a EMIR. O responsável médico pela equipa medicalizada acrescentou que o fluxo de pessoas àquela ilha aumenta substancialmente, “justificando-se a sua presença”, num projeto iniciado há quatro anos pelo Governo Regional.

 

Formação e sensibilização

 

A presença da EMIR tem se “revelado um êxito assinalável”, promovendo a “emergência pré-hospitalar mais especializada e colaborando com os diversos agentes” de proteção civil, conseguindo uma maior “otimização dos recursos disponíveis na ilha do Porto Santo”, acrescenta António Brazão.

 

Por outro lado, o médico ressalva que a “articulação com o sistema de saúde do centro de saúde do Porto Santo, nomeadamente no que diz respeito “à estreita colaboração” com as equipas médicas e de enfermagem do centro de saúde, é relativo “ao seguimento e orientação dos doentes” e tem representado “um mútuo enriquecimento”. A EMIR aproveita, ainda, esta presença na ilha dourada para realizar muitas ações de “formação a agentes de proteção civil e de sensibilização” aos locais e aos milhares de turistas que visitam o Porto Santo.

 

António Brazão revela que sem prejuízo da qualidade dos cuidados prestados anteriormente, há, quando a EMIR está no Porto Santo, uma redução da sobrecarga do serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça, e cujos principais beneficiados são os próprios doentes e utentes do Porto Santo.

 

Por Paulo Graça

In "JM-Madeira"