O vice-presidente do Governo enalteceu a existência de projetos privados como o Instituto Oftalmológico Muñoz Trindade, inaugurado ontem, afirmando que, “no futuro, o setor público não terá condições para, sozinho, assegurar o bem-estar das famílias em termos de Saúde”.

Na abertura do espaço, situado no Edifício Funchal Centrum, Pedro Calado sustentou que “o setor privado terá que dar um grande contributo para complementar aquilo que a nível público se faz”.

Considerou ainda que essa será uma certeza, na medida em que “as capacidades financeiras de todas as regiões não são ilimitadas, razão pela qual se deve acarinhar muito este tipo de projetos priva- dos, porque no futuro, ou através de seguros, ou através do complemento da área privada, esta terá de ser uma realidade”.

O governante destacou também a importância dos fundos comunitários para concretizar este tipo de projetos, como este, que foi “um investimento elegível quase em 55%, de um montante superior a um milhão de euros”, indicou.

Nesse sentido, garantiu que o Governo vai continuar a apoiar este tipo de ideias, destacando ainda o trabalho “ímpar” que têm realizado e que se refletiu no amortizar, em dois anos, de quase 600 milhões de euros da dívida do setor público na área da Saúde.

Por seu turno, os promotores deste projeto, a enfermeira Elisabet Muñoz e o oftalmologista Fábio Trindade, deixaram uma promessa: “vamos cumprir o objetivo de ver 100 doentes ‘pro bono’ até ao próximo Dia Mundial da Visão, que será em outubro”. Outra área fundamental que querem explorar passa pela investigação, com o casal a revelar que estão a trabalhar num projeto de genética na área da retinose pigmentar com o professor António Brehm, responsável pela Unidade de Genética da UMa.

“O objetivo passa por criar um programa ‘Prociência’, que acre- dito poder ser uma mais-valia também para a universidade”, afirmou o médico. 

In “JM-Madeira”