“A Medicina Intensiva é uma área sistémica e diferenciada das Ciências Médicas que aborda especificamente a prevenção, diagnóstico e tratamento de situações de doença aguda potencialmente reversíveis, em doentes que apresentam falência de uma ou mais funções vitais, eminente(s) ou estabelecida(s).

” A definição consta da rede de referenciação em Medicina Intensiva deste ano. Os médicos desta especialidade são os intensivistas. Profissionais que, ontem e hoje, se reúnem no IX Fórum de Intensivistas no Hospital Dr. Nélio Mendonça.

Júlio Nóbrega, director do Serviço de Medicina Intensiva do SESARAM, explica que o encontro, além das apresentações científicas, proporciona debate, o que nem sempre é possível noutro tipo de encontros. Também permite que os profissionais da Madeira, junto dos doentes, possam comparar o que fazem com o que é praticado por outros especialistas a nível nacional, que estão na Região, para participarem no encontro. No total são 35 médicos.

A Medicina Intensiva pode ser avaliada pela taxa de mortalidade dos doentes, pelas mazelas com que ficam e pelos recursos que consome. Em tudo isso, são determinantes o número de camas, o número de profissionais e o local onde desempenham a actividade, a que se junta a sensibilidade dos mais médicos, para identificar precocemente as situações.

Sobre o número de camas, Portugal está na cauda da Europa e a Madeira, na cauda do País. Quanto a profissionais, em 2011 o SESARAM tinha 5 intensivistas, hoje tem 10 e 3 em formação. Um bom número. Mas falta a presença física contínua na Urgência. Com um olho treinado, podem mais facilmente identificar os doentes críticos e de imediato começar uma terapêutica. Isso pode levar a melhores taxas de sobrevivência e a menos tempo de internamento. Alguns doentes nem chegam a ficar internados, quando existem intensivistas nos serviços de urgência.

In “Diário de Notícias”