Programa de redução de infecções hospitalares com bons resultados

É um factor que orgulha os responsáveis pelo sector da saúde na Região e que motiva os envolvidos no programa Stop Infecção Hospitalar. As infecções da correntes sanguínea associadas à utilização de cateter foram reduzidas a zero.

É um factor que orgulha os responsáveis pelo sector da saúde na Região e que motiva os envolvidos no programa Stop Infecção Hospitalar. As infecções da correntes sanguínea associadas à utilização de cateter foram reduzidas a zero. A revelação é de Margarida Câmara, que lidera o projecto no SESARAM e que falou ao DIÁRIO, a propósito de mais uma visita de acompanhamento realizada por membros da Fundação Calouste Gulbenkian e do Institute for Healthcare Improvement, autores do projecto, que envolver 12 hospitais a nível nacional.

Outra das novidades da visita, realizada na segunda-feira desta semana, é que existem outros serviços em que o objectivo, a nível de redução de infecções, delineado para três anos, já foi alcançado a 95%.

Como explicou a médica, os técnicos das duas instituições referidas vieram pela segunda vez à Madeira e devem voltar dentro de aproximadamente seis meses, tal como acontece com os outras unidades do País, a que se juntam, na Madeira, os hospitais Dr. Nélio Mendonça e dos Marmeleiros.

“Vieram avaliar a progressão do projecto, partilhar experiências e ajudar a corrigir algumas coisas que estivessem menos bem. A visita correu muito bem. Eles no final reportaram que as equipas estão muito motivadas, com muita vontade de trabalhar.”

Os serviços abrangidos no programa de redução de infecções hospitalares são Medicina Interna, Unidade de Cuidados Intensivos, Cirurgia Geral e Ortopedia. A Medicina Interna tem o internamento no velhinho hospital do Marmeleiros. Questionada se isso não dificulta o alcançar dos objectivos, Margarida Câmara responde que, “mesmo com as condições, que alguns consideram menos boas, é possível os profissionais trabalharem bem e os utentes não contraírem infecções. Este processo tem muito a ver com a maneira como nós fazemos as coisas. Não é bem os problemas da estrutura da instituição, mas a forma como o profissional executa os procedimentos.”

O objectivo geral é reduzir a infecções para metade, em três anos.

Élvio Passos

 

Fonte: Diário de Notícias