Número médio de intervenções, tendo em conta as cerca de duas mil vítimas acompanhadas em 2017

 

Recursos desta equipa são exemplo ao nível nacional. Os progressos do serviço de emergência pré- hospitalar são enaltecidos em dia de aniversário.

 

No ano passado, a Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR) socorreu 1993 vítimas. Fazendo contas, estes profissionais de emergência pré-hospitalar acompanharam, em média, cinco sinistrados por dia.

 

É, pois, com sentimento de satisfação que a EMIR assinala, hoje, o seu 19º aniversário. “Cada ano que Faz hoje 19 anos que a EMIR iniciou, oficialmente, a sua atividade passa merece ser comemorado, por respeito ao papel da experiência acumulada ao longo do tempo, no crescimento e afirmação das grandes organizações”, sublinhou António Brazão, coordenador do Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER).

 

Do seu ponto de vista, o papel desta equipa médica tem sofrido um incremento considerável ao longo dos anos, sempre na “perseguição da melhoria contínua da qualidade”, na tentativa de “continuar a garantir os cuidados de saúde à população”.

 

A verdade é que os números falam por si, tendo em conta o aumento das intervenções bem sucedidas. Nesse sentido, António Brazão, que é também o responsável pelo Plano Regional de Desfibrilhação Automática Externa (PRDAE), lembrou que devido a doenças cardiovasculares, morriam na Madeira, até 2010, uma média de 200 pessoas por ano.

 

Entretanto, criado o PRDAE, com o objetivo de promover a melhoria da sobrevida das vítimas de morte súbita de etiologia cardíaca, em ambiente extra-hospitalar, a nossa Ilha passou a ser considerada uma “região cardioprotegida”.

 

EXEMPLO AO NÍVEL NACIONAL

 

O SEMER salienta, pois, os progressos registados desde então, que permitem à EMIR ser cada vez mais eficaz nas suas intervenções. “Temos mais de 2.300 operadores de desfibrilhação formados e mais de 130 aparelhos desfibrilhadores automáticos externos espalhados pela Região, um exemplo ao nível nacional, com comprovados resultados em número de vítimas resgatadas”, sublinhou António Brazão, adiantando que o objetivo de toda a equipa é sempre seguir o “caminho da excelência”. Um percurso que passa por “continuar a garantir os cuidados de saúde à população, assentes na constante atualização dos seus profissionais, na transmissão desses conhecimentos a todo o dispositivo de socorro e na aquisição dos mais modernos dispositivos médicos que permitam responder em consonância com os outros serviços de proteção civil”.

 

Recorde-se que, de forma a “estar onde a probabilidade de ser necessário é maior”, foi efetuado um esforço adicional para garantir a presença da EMIR no Porto Santo, no período de verão, época em que a população chega a sextuplicar, au- mentado consideravelmente a probabilidade de ocorrência de eventos súbitos.

 

Susy Lobato

 

 

 

In “JM-Madeira”