Na Madeira, o primeiro a nascer em 2018 foi o Vicente. Letícia, nascida no Porto, foi a primeira bebé do ano em Portugal.

De acordo com as estimativas da UNICEF, cerca de 213 bebés nasceram em Portugal no primeiro dia do ano. A pequenita Letícia, cujo parto estava previsto apenas para Março, antecipou-se bastante conquistando o ‘título’ de bebé do ano de 2018.

 

A menina chegou ao mundo à meia-noite em ponto de 1 de Janeiro, no Centro Materno-Infantil do Porto. Uma vez que nasceu às 27 semanas de gestação, com apenas 860 gramas, Letícia deverá permanecer na maternidade nos próximos dois meses.

 

Já mais tarde, às 7h46, nascia o bebé do ano na Madeira. É um menino, chama-se Vicente e, de acordo com as informações do SESARAM, nasceu com o peso de 3.495 g, deixando os pais “muito felizes”.

 

UNICEF fala em 385.793 nascimentos em todo o mundo

 

Ao todo, a UNICEF calcula que tenham ocorrido 385.793 nascimentos em todo o mundo no primeiro dia do ano.

 

Metade destes bebés provém de apenas nove países: Índia - 69.070, China - 44.760, Nigéria - 20.210, Paquistão - 14.910, Indonésia - 13.370, Estados Unidos da América - 11.280, República Democrática do Congo - 9.400, Etiópia - 9.020 e Bangladesh - 8.370.

 

Esperança média de vida varia até 27 anos consoante o país

 

Segundo o relatório divulgado ontem pela UNICEF, nas últimas duas décadas o mundo assistiu “a progressos sem precedentes” em matéria de sobrevivência infantil. A maioria dos bebés sobrevive, mas ainda no ano passado cerca de 2,6 milhões morreram sem completarem um mês de vida, devido a complicações durante o parto ou infecções, como a septicémia e a pneumonia. Mais de 80% destas mortes podiam ser prevenidas ou tratadas.

 

O ‘berço’ de nascimento dita, desde logo, a sorte de cada criança. Em Portugal, por exemplo, um bebé que de janeiro de 2018 vai viver, provavelmente, até 2100, completando 82 anos. Na Serra Leoa, vai viver apenas até 2070. Comparativamente com os países com maior esperança média de vida à nascença, o Japão e a Suíça (onde é esperado que quem agora nasça viva até 2102), a diferença é de mais 27 anos.

 

‘Every Child Alive’ quer mais do que “mera sobrevivência”

 

É no sentido de combater estas diferenças que a directora executiva da UNICEF, Beatriz Imperatori, apresenta a próxima campanha da Organização, ‘Every Child Alive’, que visa o desenvolvimento de parcerias com governos e políticas públicas direccionadas para a saúde materno-infantil.

 

 “A resolução de Ano Novo da UNICEF é ajudar todas as crianças a viverem mais do que uma hora, mais do que um dia, mais do que um mês – mais do que mera sobrevivência”, afirmou Beatriz Imperatori.

 

In “Diário de Notícias”