A Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulgou hoje no seu portal a publicação "Estatísticas da Saúde de Região Autónoma da Madeira 2016", que compila um conjunto de dados estatísticos sobre a Saúde na Região Autónoma da Madeira (RAM), segmentada em diferentes capítulos, como sejam: Pessoal de Saúde, Hospitais, Centros de Saúde, Farmácias, Vacinação, Partos e Mortalidade por Causas de Morte.

A par da divulgação desta publicação, a DREM divulga também a "Série Retrospetiva da Saúde1979-2016" atualizada com os dados de 2016.

 

Apesar da informação divulgada nesta publicação se referir maioritariamente ao ano 2016, os dados dos capítulos da Mortalidade por Causas de Morte e Centros de Saúde dizem respeito ao ano precedente (2015). Refere a DREM que, no primeiro caso, a situação resulta do facto das Causas de Morte de 2016 não terem sido disponibilizadas em tempo útil pela entidade responsável, a Direção Geral de Saúde. O segundo, está relacionado com as mudanças ocorridas em 2016 na estrutura e organização dos cuidados de saúde primários da RAM, encontrando-se o processo de recolha de dados daquele ano em fase de reestruturação.

 

No estudo, destacam-se os principais resultados:

 

Em relação ao Pessoal de Saúde na Madeira, no ano de 2016, estavam inscritos na Ordem dos Médicos 968 médicos, mais 54 (+5,9 %) que no ano anterior (941 médicos). Em média, existiam na RAM 3,8 médicos por mil habitantes. Em 2016, de acordo com a Ordem dos Enfermeiros, existiam 2 148 enfermeiros em atividade na RAM, mais 3,1% que 2015 (2 084 enfermeiros). O número de enfermeiros per-capita fixou-se em 8,4 enfermeiros por cada mil habitantes (8,1 em 2015).

 

Refere ainda o estudo que, em 2016, existiam 9 hospitais na RAM: 3 oficiais e 6 particulares. Contabilizaram-se 1.813 camas de internamento, correspondendo a um rácio de 7,1 camas por mil habitantes (7,2 em 2015). Foram realizadas 298,2 mil consultas médicas nas consultas externas dos hospitais, valor superior ao de 2015 (295,4 mil consultas). O número de internados fixou-se em 25,7 mil indivíduos (24,7 mil em 2015), correspondendo a 548,5 mil dias de internamento. Foram efetuadas cerca de 13,3 mil cirurgias (exceto pequenas cirurgias), das quais 15,2% respeitantes a intervenções urgentes. O número de pequenas cirurgias registou um aumento de 4,8% face a 2015 (11,7 mil), fixando-se em 12,2 mil intervenções. Foram atendidas nas urgências 132,5 mil pessoas (135,8 mil em 2015).

 

Em 2015, existiam na Região 15 Centros de Saúde e 34 extensões. Destes, 8 disponibilizavam serviço de urgência básica (um dos quais com internamento) e 15 ofereciam serviço domiciliário. Nos serviços de atendimento urgente foram observados 129.396 utentes em 2015, valor acima (+1,1%) do registado em 2014 (128.020 utentes).

 

O estudo mostra também que existiam, no ano passado, 65 farmácias, 1 posto farmacêutico móvel e 18 locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (valores iguais ao ano anterior). Em média, a RAM dispunha de 25 farmácias por 100 mil habitantes.

 

Quanto à vacinação, em 2016, foram administradas a residentes na Região 98.314 inoculações, de 39 tipos de vacinas, 58.557 no âmbito do Plano Regional de Vacinação (PRV) e 39.757 no Exta PRV.

 

Em 2016, foram realizados 1.825 partos de parturientes residentes na RAM, significando uma diminuição de 5,2% face a 2015 (menos 101 partos), 34 dos quais gemelares. 51,9% dos partos ocorreram de mães com idade entre os 25 e os 34 anos.

 

Em relação à Mortalidade por Causas de Morte, no ano de 2015, as doenças do aparelho circulatório constituíram a principal causa básica de morte na RAM, estando na origem de 737 dos 2 611 óbitos ocorridos na Região no referido ano, ou seja, 28,2% do total (28,5% em 2014).

 

As mortes causadas por doenças do aparelho respiratório foram a segunda causa básica de morte, registando 549 óbitos, isto é, 21,0% do total de mortes observadas na Região (18,1% no ano precedente).

 

Os tumores malignos constituíram-se como a terceira causa básica de morte na RAM em 2015, com registo de 525 óbitos, o que correspondeu a 20,1% da mortalidade na Região (22,3% em 2014).

 

In “Jornal da Madeira