O plano de ação traçado pelo Grupo de Especialistas em Trombose e Cancro   é “alargar a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado do Tromboembolismo venoso (TEV) a todos os doentes oncológicos”.

No relatório CAT White Paper, emitido pelo Grupo de Especialistas em Trombose e Cancro, após a reunião que realizaram em Bruxelas nos dias 11 e 12 de dezembro de 2015, defendeu-se que a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado do TEV a todos os doentes oncológicos é uma forma de “reduzir a morbidade e mortalidade da trombose associada ao cancro”.

 

O Grupo analisou a evidência cientí­fica mais recente sobre as consequências da trombose associada a cancro e os obstáculos existentes no acesso ao diagnóstico precoce e tratamento efi­caz.

 

No mesmo relatório esclarece-se que “o TEV é uma causa frequente de mortalidade por cancro que pode ser prevenido e tratado”. Por isso, é fundamental aumentar a consciencialização sobre:

 

  • o impacto da trombose associada a cancro sobre a morbilidade e mortalidade dos doentes oncológicos, a sua qualidade de vida os e custos sobre os Serviços de Saúde;

  • os meios para prevenir e tratar o TEV de forma efi­caz nos doentes oncológicos;

  • a necessidade de um diagnóstico precoce do TEV, principal forma de trombose associada a cancro.

 

O Grupo decidiu, então, que para alcançar estes objetivos é necessária maior consciencialização de que o principal obstáculo a ultrapassar é o impacto de trombose nos doentes oncológicos.

 

“O plano de ação pretende por isso aumentar a consciencialização dos profi­ssionais de saúde, políticos, autoridades de saúde, doentes e associações de doentes.”

 

Este plano de ação deve ter uma abrangência nacional, europeia e internacional e focar-se nas seguintes áreas:

 

  • aumentar a evidência cientí­fica sobre trombose associada a cancro;

  • reunir a experiência clínica sobre esta área do conhecimento médico;

  • recolher dados sobre os custos atuais da trombose associada a cancro;

  • disponibilizar aconselhamento especializado aos profi­ssionais de saúde;

  • divulgar a evidência cientí­fica e o impacto económicos sobre trombose associada a cancro a pro­fissionais de saúde, políticos, autoridades de saúde e associações de doentes

  • monitorizar o impacto da trombose associada ao cancro sobre os doentes e sua qualidade de vida;

 

De referir que os estudos de base populacional conduzidos na Europa e nos Estados Unidos da América revelam que 20% dos doentes com TEV sofrem de cancro. “Na realidade este número deverá ser superior visto que não reflete a ocorrência de TEV assintomático”, esclarece o documento.

 

A reunião do Grupo de Especialistas foi presidida conjuntamente pelo professor Manuel Monreal, da Universidade Autónoma de Barcelona, e por Evelyn Knight, da associação AntiCoagulation Europe.

 

Estes dados integram o “White Book” – programa para reduzir o impacto negativo da Trombose Associada ao Cancro (CAT), apresentado pelo GESCAT – Grupo de Estudos de Cancro e Trombose apresenta no dia 21 de novembro, na Embaixada da Dinamarca em Portugal.

 

In “Jornal Económico